
domingo, 11 de janeiro de 2009
Colar

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Com agrado
No âmbito da disciplina de Português B, foi-nos solicitada a presença nesta exposição e pedida a escolha, à vontade, de dois objectos sobre os quais teríamos de fazer, posteriormente, um pequeno texto de reflexão deste e da sua escolha.
A Abelhinha

Escolhi este objecto pois achei-o engraçado e fora do normal. A Abelhinha é constituída por um pequeno pau ao qual está ligado, por um fio, um cilindro sem a base inferior. A parte engraçada deste objecto é que, ao rodarmos o pau, o cilindro vai produzir um som semelhante ao de uma abelha.
Este objecto é muito engraçado pois podemos, a partir de outros objectos mais simples, realizar um som tão maravilhoso como o de uma abelha. É fantástico descobrir como uma pitada de paciência e imaginação podem fazer.
Carros de maçaroca

Escolhi este objecto pois achei-o muito engraçado e original. Estes carros, feitos com a maçaroca do milho, remetem-nos para o tempo em que não existiam brinquedos como os de agora e as crianças tinham de fazer manualmente os seus próprios brinquedos. E com um objecto tão simples como o milho é-se capaz de realizar algo tão conhecido como um carro.
Escola EB 2 , 3 /Secundária de Vila Pouca de Aguiar
* Muito agradecido, Catarina.
João Costa
Com agrado
Esta exposição é, de certa forma, uma viajem ao passado, com todos os seus objectos e brinquedos como nada de electrónico, que nos fazem recordar um passado (não muito distante), em que as brincadeiras estavam muito mais relacionadas com a Natureza do que agora.
Dos objectos que lá estavam houve um que me atraiu particularmente, um “telefone” de cana, constituído por uma espécie de dois “copinhos” ligados por um fio. A razão pela qual me agradou tanto este objecto foi pelo facto de eu próprio, em criança, estar constantemente a fazer “telefones” destes com a minha irmã mais velha. Na minha inocência, pensava mesmo que eles funcionavam, mas hoje percebo que a conseguia ouvi-la por ela estar demasiado perto de mim!
Actualmente, penso que estes “telefones” já não atraem muito as crianças… É um bocado estranho que, passados apenas cerca de dez anos, as brincadeiras das crianças estejam tão modificadas. Hoje em dia as crianças preferem brincar com outras coisas, mais complexas, electrónicas. Perdeu-se a vontade de construir os próprios brinquedos, de dar asas à imaginação e de fazer o que se quisesse com materiais oferecidos pela Natureza.
Contudo, apesar de actualmente os brinquedos serem muito mais evoluídos do que eram antes, duvido muito que as crianças de agora se divirtam mais do que se divertiam as crianças do passado, com estes brinquedos que encontramos na “Flora de Brincadeiras”.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Ecos da Exposição


Aprecio muito o trabalho deste tipo de artistas, que transformam algo sem valor numa perfeita obra de arte com grande valor.
Dos objectos que visualizei escolhi dois para descrever os sentimentos que tive aquando a minha visita por toda a exposição. Os objectos escolhidos foram a bicicleta da primeira figura e ainda o avião da segunda figura.
Em primeiro lugar a bicicleta fez-me lembrar os meus tempos de infância que passava a andar de bicicleta com os meus amigos e irmão, coisa com que ocupava as tardes das enormes férias de Verão. Desde pequeno sempre fui fascinado pelo desporto e por isso sempre que podia trocava uma tarde de casa por uma tarde de passeio pelas ruas da vila juntamente com os colegas e por vezes sozinho.
O segundo objecto é um avião, um meio de transporte que desde sempre me fascinou, pela sua capacidade de transformar viagens grandes e demoradas em curtas e agradáveis. No último Verão tive a minha segunda experiência em andar neste tipo de meio de transporte com a ida com a família para Palma de Maiorca. A viagem, a paisagem, a adrenalina de levantar voo e aterrar, tudo me fascinou. Espero ter ainda nesta vida o prazer de poder vir a andar novamente de avião.
João Carlos Gonçalves, 12ºA, nº12
* Muito agradecido, João.
Olhares da Exposição

Dos vários e belos objectos observados, destaco um carro singular e uma família de avestruzes. Apreciei muito todos os objectos, contudo o carro singular transmitiu-me um pouco de dinâmica e velocidade, fazendo com que eu me relembrasse dos momentos de infância em que brincava com os pequenos carros. Também o facto de gostar de automóveis rápidos, como este parece ser foi uma razão de ter gostado deste objecto.

Outro dos objectos que gostei foi a imitação de uma família de avestruzes, pois retrata a união que está sempre presente na família de todos os animais, neste caso as avestruzes. Sendo uma ave, a avestruz é um animal livre, embora seja alvo de cativeiro. Contudo não deixou de ser um objecto que transmite a liberdade, a união, a protecção e a força existente nas famílias animais.
2008/2009
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Reportagem da Exposição no " Mensagens Aguiarenses"
Mas os brinquedos que João Pinto Vieira da Costa constrói são eternos. Quando não havia legas nem consolas, nem sequer a "Chicco" nem a "Toys 'r Us" ou. a "Centroxogo", muito menos as grandes superfícies comerciais que deliciam os olhos das crianças e dão cabo das carteiras dos papás, as crianças brincavam muito mais, de forma mais divertida, por improvisada e criativa. Os seus brinquedos eram feitos do que havia: uma casca de noz, um vime, uma rolha de cortiça, uma carica, o canoco de um milheiro, uma raiz, a vareta de um guarda-chuva desfeito pelo vento, uma pinha, um botão velho, um pedaço de arame, um arco de pipa velha abandonada, um ramo de árvore em Y, até uma meia em desuso que era cheia de palha e cosida na ponta, fazendo uma bola com que se jogava futebol.
Não admira que essas práticas (como a generalidade dos jogos populares) tivessem desaparecido, no avançar dos tempos em que o consumo cresceu e tomou conta de nós, através de cada vez mais atraentes e agressivas campanhas de "marketing" e de publicidade. O que admira é que, nos tempos de hoje, haja quem tenha a arte e o engenho de criar novos brinquedos a partir de pedaços de madeira, de restos de plantas, de fios e arames velhos, de folhas, de ramos e frutos secos, tudo material que já foi e que revive, espantosamente, por um simples gesto manual que os transforma em objectos que dá prazer ver e, muito mais, tocar na ponta dos dedos.
Uma colecção de objectos desses está exposta na sala polivalente da Biblioteca Municipal de Vila Pouca de Aguiar. No chão, em mesas e nas paredes.
Razão teve o inesquecível António Cabral que destas coisas percebia como poucos, ao referir, no prefácio do livro "Flora de Brincadeiras", iniciando-o, que "O regresso à Natureza começa a ter-se como um regresso ao Paraíso. Felizmente, digo, com a certeza de que quanto mais o homem se afasta do seu meio natural menos possibilidades tem de se encontrar a si próprio, como alguns pós-modernistas já perceberam, desiludidos com o optimismo da civilização industrial, embora também eles, avessos a sistemas doutrinais, tenham caído num certo desnorte, vivendo a errância intelectual, numa orfandade de valores, alguns dos quais foram, porventura, fácil e impensavelmente configurados. Que o regresso à Natureza não seja apenas uma fuga, mas uma necessidade, como as crianças nos ensinam, se lhes dermos condições para isso".
E a verdade é que, reconhecidamente, "a necessidade faz o engenho". Foi por essa necessidade que já se brincou com aquilo que, de forma gratuita e fantástica, a Natureza nos dá. E que João Pinto Vieira da Costa nos faz (re)descobrir, de maneira tão bela como desconcertante.
Esta exposição é um espanto. Não perca a oportunidade de ir lá vê-la, até ao final do ano.
Agostinho Chaves, in Mensagens Aguiarenses, 9/12/2008