Mostrar mensagens com a etiqueta Na literatura. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Na literatura. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Bifes de concilros

                                                               Umbilicus rupestris
"As meninas tinham uma boneca-filhinha e um fogãozinho. Tudo o resto era invenção: cantareirinhas de caquinhos, miúdos e preciosos, queijinhos feitos de casca de laranja, a dedal, peixinhos verdes de folhas de arbusto, vendidos na canastrinha, bifes de concilros acompanhados de arroz de raposa, colhidos nos muros, chaveninhas de eucalipto para o chá das visitas das bonecas, barquinhos de papel ou de casca de noz, para viagens cheias de aventuras e naufrágio. Os rapazes tinham um pião, um carrinho, comboios feitos de carriolas de cadeiras, cavalos de pau de vassoura e toda a liberdade dos percursos a inventar."

 In Saudades para um tempo, longe, Luísa Dacosta
(Texto a publicar no Boletim Cultural nº18, ES/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma flora para Angola

O autor de "Flora de Brincadeiras" e Pepetela, em Forjães, no dia 22 de Maio, numa iniciativa das associações Mar Uno e ACARF.

domingo, 21 de março de 2010

Dia Mundial de Poesia


Quadra salta quadra


Entranço palavras
Construo um cordel:
Saltem as crianças
Num voo de mel.

Colho uma papoila
No cós do caminho:
Tenho uma princesa
A falar-me baixinho.

Contínuo vai-vem
Da avena rasteira
Ripo-lhe os sons
De uma brincadeira.

Com bugalhos mil
Em vários tamanhos
Torno-me pastor
De sonhos- rebanhos.

Humildes junquilhos,
Em grupos, à espera,
Badalam as cores
De uma primavera.

De paus e pedrinhas
Construo uma casa:
É terra de sonhos
Num golpe de asa.

Um simples espeto
Cravado na terra
Conquisto um mundo
Sem ser pela guerra.

E num voo certeiro
De uma carica
Meu bolso engravida
De chapa tão rica.

Se o mundo brincasse
Com isto que digo
Seria uma porta
E não um postigo.

João Costa, in Boletim Cultural 16, Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Março de 2010

domingo, 8 de junho de 2008

O chicote mágico

Era uma vez um chicote mágico que gostava de passear pelo campo. Um dia encostou-se a uma árvore e ficou com poderes mágicos e quando isso aconteceu uma voz chamou o chicote:
- Chicote, agora és mágico - disse a voz.
- Porquê? - perguntou o chicote.
- Porque és alegre e portas-te bem. E isso agrada-me - respondeu a voz.
- Mas afinal, quem és tu? - perguntou o chicote . Mas a voz já lá não estava.
- Fixe! Agora sou mágico! - disse o chicote,viu uma ovelha e ele estala os dedos e a lã da ovelha desapareceu.
-Ups! - exclamou o chicote. Passado um minuto a lã voltou.
- Agora vou florir os campos - disse ele. Assobiou para os campos e eles floriram.
- Que lindo! - exclamou. E aprendeu que a utilizar o coração faz acontecer coisas mágicas.


Luís Rafael Ribeiro Pinto
Idade: 8 anos
Maio de 2008