O autor de "Flora de Brincadeiras" e Pepetela, em Forjães, no dia 22 de Maio, numa iniciativa das associações Mar Uno e ACARF.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
saboroso carro de bois
Alguns dias depois, com a substituição do rodado.
Este "carro de bois", feito com pêra, pequenos paus e rodelas de maçã, tinha a particularidade de ser puxado por dois besouros ou duas vacas-louras, insectos que, tanto na cor como na força, se assemelham aos bois. Por vezes, também se utilizava o carrinho de linhas de madeira para construir o carro. Os animais eram então atados a este veículo com duas linhas, e depois obrigados a puxar a carga.
Agradeço aos meus amigos Henrique Morgado e Isabel Machado a informação deste brinquedo e passatempo, localizados em Vila Real.
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terça-feira, 18 de maio de 2010
Dia Internacional dos Museus
Neste dia dedicado aos museus, quero deixar o meu agradecimento a todos os visitantes deste pequerrucho "museu virtual do brinquedo natural".
Agradeço ainda todos os comentários e sugestões neste espaço que pode ser enriquecido por si.
João Costa
Agradeço ainda todos os comentários e sugestões neste espaço que pode ser enriquecido por si.
João Costa
domingo, 16 de maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
Em Maio
"Em Maio comem-se as cerejas ao borralho". Mas antes passeiam-se pelas orelhas como brincos de rubi naturalíssimos. Os seus pés secam-se à sombra para a cura de certas maleitas, e os caroços serão contas de um colar.
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Ludojunco
Planta do junco. Com as suas hastes pontiagudas se obrigavam os grilos a sair das suas tocas para ir viver numa simples caixa de fósforos (Alpendorada).
Mas também eram usadas de forma mais pacífica na construção de pulseiras (Trás-os-Montes).
Mas também eram usadas de forma mais pacífica na construção de pulseiras (Trás-os-Montes).
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segunda-feira, 10 de maio de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Piões da esteva
Estes pequenos frutos da esteva ( Cistus lanadifer) eram utilizados como piões pelas crianças, em Freixo de Espada à Cinta, segundo informação do saudoso amigo António Caldeira Azevedo, autor do canto sublime "Ode ao Douro".
domingo, 2 de maio de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Atelier do brinquedo natural
As crianças dos Jardins de Infância de Torre de Moncorvo visitaram a exposição "Raiz de Brinquedo" e participaram num atelier de construção de um brinquedo. Esta actividade realizou-se nos dias 23, 26 e 27 de Abril de 2010 e, certamente, ficará presente na memória destas crianças, como se gravassem o seu nome no tronco de uma árvore. Desde já, o meu agradecimento à Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo por esta iniciativa. As crianças agradecem e pagam-no com um sorriso.
Assim, também se atinge o objectivo desta exposição.
Assim, também se atinge o objectivo desta exposição.
Fotografias gentilmente disponibilizadas pela Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo.
terça-feira, 27 de abril de 2010
O "stique" ecológico
Em Alpendorada, por altura da sementeira da batata, arrancavam-se muitas couves velhas, na preparação do terreno de cultivo. De entre os muitos caules de couve (os tronchos) arrancados e dispostos numa "rima" a secar, para combustível da lareira, as crianças escolhiam alguns que mais se aproximavam da forma de um stique. Depois, com uma laranja verde, praticavam a modalidade de hóquei em campo, embora lhe chamassem hóquei em patins.
domingo, 25 de abril de 2010
Defesa do carvalho e com o carvalho
Maçã-cuca. Esta espécie de maçã deve-se a um mecanismo de defesa do carvalho devido à picadela de um insecto, colocando um ovo intruso no interior da casca. As crianças utilizavam este " fruto" nas suas brincadeiras (Trás-os Montes), como se tratase de uma normal maçã.
Por outro lado, em Ecos Humorísticos do Minho, Camilo lembra-nos que uma vara de carvalho ou de marmeleiro fazia parte da cultura do barrosão : " O barrosão, quando quer bater ou evitar que lhe batam, estona um esgalho de cerquinho ou marmeleiro, põe-o de molho três dias e três noites em uma poça e depois experimenta-lhe a elasticidade nos joelhos próprios, e, se é forçoso, nas costas alheias."
Por outro lado, em Ecos Humorísticos do Minho, Camilo lembra-nos que uma vara de carvalho ou de marmeleiro fazia parte da cultura do barrosão : " O barrosão, quando quer bater ou evitar que lhe batam, estona um esgalho de cerquinho ou marmeleiro, põe-o de molho três dias e três noites em uma poça e depois experimenta-lhe a elasticidade nos joelhos próprios, e, se é forçoso, nas costas alheias."
sábado, 24 de abril de 2010
Os Bugalhos de Camilo
"No ponto mais sadio da floresta abriram um pântano, destruindo uma fonte cristalina, onde o leitor, talvez em criança, se deliciasse a ver rolar os bugalhos à tona da água."
"Acocoravam-se ambos, em pequenitos, nos regos de água a fazer moinhos de bugalhos e navios de cascas de bolotas."
Camilo Castelo Branco, in Ecos Humorísticos do Minho
"Acocoravam-se ambos, em pequenitos, nos regos de água a fazer moinhos de bugalhos e navios de cascas de bolotas."
Camilo Castelo Branco, in Narcóticos
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sexta-feira, 23 de abril de 2010
Sepioila
segunda-feira, 19 de abril de 2010
As couves
Um assobio em formação
domingo, 18 de abril de 2010
Os relógios
Vacas de favas
Já que as favas estão aí, recordo que, no dia da abertura da exposição "Raiz de brinquedo", fui informado de uma brincadeira que se realizava no Alentejo, mais propriamente em Serpa, por uma visitante dessa localidade. Tratava-se de uma manada de vacas, feitas com favas. Os seus membros eram pequeninos paus de esteva. Numa curta pesquisa pela blogosfera, encontrei também este riquíssimo testemunho, situado na Fajã Grande, Açores, pela mão do autor do blog "picodavigia.blogs.iol.pt":
" As vacas de fava eram construídas geralmente no tempo em que o gado andava no “oitono”, ou seja, durante os meses da Primavera. À tardinha, enquanto os nossos progenitores e os outros homens, agrupados em função das proximidades das terras onde tinha o gado amarrado à estaca, aguardavam, em amena cavaqueira, a hora da ordenha e enquanto os animais ruminavam a última “cordada”, ou porque as houvesse ali por perto ou porque as fôssemos procurar mais além, apanhávamos algumas vagens de fava, escolhendo as mais compridas e grossas e as que julgávamos de maior beleza estética. Depois arranjávamos quatro “fochos”, cortávamo-los todos do mesmo tamanho e “falquejávamo-los” numa das extremidades. Eram essas extremidades que depois espetávamos no bordo mais côncavo da fava ou seja do lado em que o pé da mesma se curvava, de maneira a simular o focinho do animal, enquanto os pauzinhos espetados representavam as mãos e os pés. Depois descascávamos uma outra fava, escolhíamos um grão que prendíamos entre as pernas da vaca recém-criada, a fazer de “mojo”, e cujo tamanho variava consoante queríamos uma vaca acabadinha de parir ou uma gueixa alfeira. Aos bois era-lhes espetado um pequeno “focho” na barriga a imitar o falo. Finalmente dois “fochos” no lado da fava que representava a cabeça e estava um animal perfeito, com o qual brincávamos durante alguns dias apenas, pois as favas tinham um prazo de validade bastante limitado."
Excerto extraído do endereço:
http://picodavigia.blogs.iol.pt/tag/jogos-e-brincadeiras/
" As vacas de fava eram construídas geralmente no tempo em que o gado andava no “oitono”, ou seja, durante os meses da Primavera. À tardinha, enquanto os nossos progenitores e os outros homens, agrupados em função das proximidades das terras onde tinha o gado amarrado à estaca, aguardavam, em amena cavaqueira, a hora da ordenha e enquanto os animais ruminavam a última “cordada”, ou porque as houvesse ali por perto ou porque as fôssemos procurar mais além, apanhávamos algumas vagens de fava, escolhendo as mais compridas e grossas e as que julgávamos de maior beleza estética. Depois arranjávamos quatro “fochos”, cortávamo-los todos do mesmo tamanho e “falquejávamo-los” numa das extremidades. Eram essas extremidades que depois espetávamos no bordo mais côncavo da fava ou seja do lado em que o pé da mesma se curvava, de maneira a simular o focinho do animal, enquanto os pauzinhos espetados representavam as mãos e os pés. Depois descascávamos uma outra fava, escolhíamos um grão que prendíamos entre as pernas da vaca recém-criada, a fazer de “mojo”, e cujo tamanho variava consoante queríamos uma vaca acabadinha de parir ou uma gueixa alfeira. Aos bois era-lhes espetado um pequeno “focho” na barriga a imitar o falo. Finalmente dois “fochos” no lado da fava que representava a cabeça e estava um animal perfeito, com o qual brincávamos durante alguns dias apenas, pois as favas tinham um prazo de validade bastante limitado."
Excerto extraído do endereço:
http://picodavigia.blogs.iol.pt/tag/jogos-e-brincadeiras/
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Árvore das patacas e o fruto cofre
Ainda é muito utilizada a expressão “Árvore das patacas” como sinónimo de negócio fácil e chorudo, mas também aplicada para se evitar o desperdício “Julgas que isto é alguma árvore das patacas?” Então qual a origem desta expressão e qual a árvore que lhe dá suporte? É, com certeza, mais uma expressão que radica no caminho das índias, uma vez que esta árvore ( Dillenia indica) é originária da Índia e trazida para o Brasil, como outras plantas, no reinado de D. João VI.
A designação popular de Árvore da Pataca residirá numa particularidade dessa árvore, em que as extremidades da flor se fecham sobre a mesma para a formação do fruto. Assim, qualquer objecto que aí se coloque, durante a fase da formação do fruto, ficará para sempre no seu interior. Segundo dizem, D. Pedro I terá colocado várias moedas (patacas) em várias flores. Depois dos frutos formados, enviou-as numa caixa para Portugal, com a inscrição: "Nesta terra o dinheiro nasce em árvores". Pelos vistos acharam piada ao fenómeno, e outras pessoas divertiam-se com “esta surpresa” dos frutos.
Na Índia, as suas folhas são usadas como copos ou pratos, enquanto a madeira é utilizada para lenha. Já os frutos, enquanto verdes, são cozidos para fazer “picles”. No Panamá, o fruto maduro é comido e utilizado na doçaria. No Brasil, as folhas e flores são utilizadas em ornamentações. A época de floração situa-se entre Março e Maio, daí que lhe chamem também Flor-de-Abril.
A designação popular de Árvore da Pataca residirá numa particularidade dessa árvore, em que as extremidades da flor se fecham sobre a mesma para a formação do fruto. Assim, qualquer objecto que aí se coloque, durante a fase da formação do fruto, ficará para sempre no seu interior. Segundo dizem, D. Pedro I terá colocado várias moedas (patacas) em várias flores. Depois dos frutos formados, enviou-as numa caixa para Portugal, com a inscrição: "Nesta terra o dinheiro nasce em árvores". Pelos vistos acharam piada ao fenómeno, e outras pessoas divertiam-se com “esta surpresa” dos frutos.
Na Índia, as suas folhas são usadas como copos ou pratos, enquanto a madeira é utilizada para lenha. Já os frutos, enquanto verdes, são cozidos para fazer “picles”. No Panamá, o fruto maduro é comido e utilizado na doçaria. No Brasil, as folhas e flores são utilizadas em ornamentações. A época de floração situa-se entre Março e Maio, daí que lhe chamem também Flor-de-Abril.
Folhas e frutos da Dillenia Indica, nos jardins do Museu Imperial, Petrópolis, Rio de Janeiro ( Julho de 2005)
A árvore das patacas ou Flor de Abril. Museu Imperial. Petrólis, R.J. (2005)
Fonte:
http://www.fazendasantagertrudes.com.br/roteiro/roteiro03_dir.html
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Bolinhas de azeite
Ranunculus repens
Estas pequeninas flores de um amarelo brilhante, Botão-de-de ouro, que crescem geralmente junto da quaresma (Saxifraga granulata), representavam, na culinária infantil transmontana ( Torre de Moncorvo), as bolinhas de azeite.
domingo, 11 de abril de 2010
cão rolha e com rolha
Vaso de cortiça com flor de liquidambar.
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Representação de animais
sábado, 10 de abril de 2010
Raiz de Brinquedo - Centro de Memória - Torre de Moncorvo
A exposição " Raiz de Brinquedo", que dá continuidade à Exposição " Flora de Brincadeiras", foi hoje aberta ao público e estará disponível aos visitantes, no Centro de Memória de Torre de Moncorvo, até ao mês de Maio. Aproveite a oportunidade.
Momentos da montagem da exposição.
Os brinquedos suscitam memórias e memórias...
O carinho pelos animais.
Podem fotografar à vontade!
As bonecas cativam sempre.
As fotografias como folhas destas" raizes do brinquedo".
Para o amigo Daniel Descomps que anuncia esta exposição no seu blogue e lhe deseja sucesso.
Os brinquedos suscitam memórias e memórias...
O carinho pelos animais.
Podem fotografar à vontade!
As bonecas cativam sempre.
As fotografias como folhas destas" raizes do brinquedo".
Para o amigo Daniel Descomps que anuncia esta exposição no seu blogue e lhe deseja sucesso.
Num excelente texto sobre o processo criativo, Daniel Descomps, amavelmente, refere-se ao meu trabalho em http://jouet-rustique.blogspot.com/2010/04/la-famille-zozio.html
Reportagem da exposição também em
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