domingo, 21 de março de 2010

Poema em imagens


Dia Mundial de Poesia


Quadra salta quadra


Entranço palavras
Construo um cordel:
Saltem as crianças
Num voo de mel.

Colho uma papoila
No cós do caminho:
Tenho uma princesa
A falar-me baixinho.

Contínuo vai-vem
Da avena rasteira
Ripo-lhe os sons
De uma brincadeira.

Com bugalhos mil
Em vários tamanhos
Torno-me pastor
De sonhos- rebanhos.

Humildes junquilhos,
Em grupos, à espera,
Badalam as cores
De uma primavera.

De paus e pedrinhas
Construo uma casa:
É terra de sonhos
Num golpe de asa.

Um simples espeto
Cravado na terra
Conquisto um mundo
Sem ser pela guerra.

E num voo certeiro
De uma carica
Meu bolso engravida
De chapa tão rica.

Se o mundo brincasse
Com isto que digo
Seria uma porta
E não um postigo.

João Costa, in Boletim Cultural 16, Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Março de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

"Raiz de Brinquedo" no Centro de Memória - Torre de Moncorvo



Raiz de Brinquedo
Dia 10 de Abril, às 15 horas, no centro de Memória, em de Torre de Moncorvo.
Estarão lá brinquedos totalmente naturais e palavras do Trigo dos Pardais de Isabel Mateus.
N.B. Só uma pequena correcção à divulgação na agenda cultural: o nome do autor é João Pinto Vieira da Costa e não João Vieira Pinto. A diferença é que o primeiro sente-se confortável em várias áreas da cultura, enquanto o segundo era mais especialista nos fofos relvados da grande área.

domingo, 14 de março de 2010

Papai-a


Há dias, a decorar uns aperitivos no Hotel Miracorgo, em Vila Real.

domingo, 7 de março de 2010

O Trigo dos Pardais e Raiz do Brinquedo

Estão agendadas para o dia 10 de Abril, na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo, a apresentação do livro" O Trigo dos Pardais" de Isabel Mateus e Exposição de brinquedos naturais " Raiz de Brinquedo" de João Costa. Oportunamente, daremos mais informações.


Os queijinhos da malva.


"– Nós, as raparigas, ficávamos de mansinho sentadas à volta das casas a enfiar os queijinhos das malvas em bonitos colares e pulseiras, a jogar ao anelzinho, às cinco mecas ou em leves e idílicas brincadeiras com o quadro do voo dançante das borboletas. E em vez de fazermos as bonecras à beira do fogo, corríamos pelo campo à procura de papoulas e delas estilizávamos rubras donzelas."

Isabel Mateus, O Trigo dos Pardais.

terça-feira, 2 de março de 2010

Merci, Daniel


Uma versão dos pássaros de pinha pelas mãos simpáticas e experientes de Daniel Descomps. Um blogue sobre brinquedos e artesanato a não perder, pelas terras de França:

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Bola de Borracha




Este brinquedo mostra que há meio século atrás, em Alpendorada, as crianças reciclavam materiais para as suas brincadeiras. Como era difícil amealhar dinheiro para comprar uma bola de borracha (as mais comuns eram as de plástico que voavam para onde queriam, mesmo com um pontapé mais forte que fosse!), construíam-se umas pequenas, exclusivamente das câmaras de ar das bicicletas e motorizadas. Claro que eram pequenas e pesadas, mas saltavam que se fartavam.
O processo era muito simples. Cortava-se um pedaço de uma câmara em finas rodelas. Depois dobrava-se um pequeno segmento de câmara e apertava-se com as pequenas rodelas, para ficar com uma forma redonda. A bola crescia, à medida que se iam acrescentando mais elementos. Depois, claro, era vê-la saltar! E tomar muita atenção aos vidros das janelas!