domingo, 21 de fevereiro de 2010

Bola de Borracha




Este brinquedo mostra que há meio século atrás, em Alpendorada, as crianças reciclavam materiais para as suas brincadeiras. Como era difícil amealhar dinheiro para comprar uma bola de borracha (as mais comuns eram as de plástico que voavam para onde queriam, mesmo com um pontapé mais forte que fosse!), construíam-se umas pequenas, exclusivamente das câmaras de ar das bicicletas e motorizadas. Claro que eram pequenas e pesadas, mas saltavam que se fartavam.
O processo era muito simples. Cortava-se um pedaço de uma câmara em finas rodelas. Depois dobrava-se um pequeno segmento de câmara e apertava-se com as pequenas rodelas, para ficar com uma forma redonda. A bola crescia, à medida que se iam acrescentando mais elementos. Depois, claro, era vê-la saltar! E tomar muita atenção aos vidros das janelas!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Serpentinas

Carnaval também é cor no vale da infância de muitas crianças que outrora se deliciavam a amealhar fragmentos de serpentinas - aquelas "sarpentinas" - pela estrada fora. Depois, num trabalho de paciência e criatividade, enrolavam-se os diversos fragmentos, até não se poder mais, numa composição de cores que definia a sensibilidade de cada um. A saliva era a cola que ia ligando as diferentes cores num círculo que, pressionado no centro, com muito cuidado para não se desfazer uma obra de horas, fazia lembrar um chapéu mexicano.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A voz e a vez aos animais

Pinus Pernalta
Pato ou Picato.

- Cá entre Noz! - diz a tartaruga ao rato.


A minha Neta e o Felinus Ailantus ( nascido da raiz de ailanto)

Ouriço liquidambar.

Felinus ailantus.


Ovelha do carvalho.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Helicabaça


Enquanto organizava o espólio da exposição "Flora de Brincadeiras", rolou de uma caixa uma pequena cabaça utilizada como instrumento musical. Lembrei-me, então, de um brinquedo de Daniel Descomps e resolvi dar-lhe asas. Resultou este helicóptero, muito económico na sua manutenção.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Bô... necas!

As três Marias Papoilas nascidas em 2006.

A freira: grão-de-bico e tecido. (Documentado no Algarve).

Vestida pelas casas Eucalipto, Casca de Noz, Barba de Milho e Chapéu Carvalho.

Vestida pelas casas Pedaços de Cana, Casca de Noz, Melancia Sementes, Glicínia e Ouriço de Castanheiro.


Com um toque afro: Vestida pelas casas Pedaços de Cana, Carvalho Bugalho e Casca do Abacate.

Com o apoio das Barbas de Milho, Casca de Noz, Manus Glicínia e Cana Velha.

Vestida por Folhelho, penteada por Barbas de Milho e maquilhada por Casca de Noz.



Com o alto patrocínio da Cana e do Carvalho.

Vestida e penteada por Espiga, com um toque de Noz.





Apresentado por Galho de Giesta, Folha de Louro, Noz dos Pés à Cabeça e Carvalho Bugalho.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Espeta colares

Com caroços de cereja e um caroço de pêssego.
Com as cápsulas do fruto do carvalho.

Com as cápsulas do fruto do eucalipto.


Com sementes de datura stramonium e de glicínia.



Com sementes de Cardo-de-Santa-Maria, sementes de glicínia e pevides de laranja.



Com aquelas flores amarelas que pintam os campos na Primavera.

Com pequenos frutos do carvalho.



Com caroços de damasco, cereja e frutos de carvalho americano.


Com caroços de pêssego, sementes de glicínia e sementes de anona.


Com sementes de glicínia e caroços do fruto de palmeira.

Com pevides de abóbora.

Com as cápsulas do fruto do carvalho.

Com flores de carqueja.


Com grainhas de uva.


Pequenos frutos de eucalipto e sementes de datura stramonium.


Com pevides de abóbora e sementes de maçã.

rato de noz II


Recorda-me uma amiga, Graça Campolargo, que em Aveiro, nos seus tempos de criança, se faziam estes ratitos em casca de noz, pevides de abóbora para as orelhas, um fio pequeno para o rabo e pontas de piaçaba ( fibras de uma espécie de palmeira utilizadas no fabrico de vassouras) para os bigodes. Aqui vai então uma réplica.